quinta-feira, 24 de outubro de 2013

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO 
CURSO DE CAPACITAÇÃO EM ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO 2012

Um projeto Terapêutico para Susanna Kaysen.

Aluno: Hugo Godoi
 
 
 
 Na foto acima, Susanna Kaysen e sua intérprete no filme, a atriz Winona Ryder.


Susanna Kaysen é uma escritora americana cujo livro mais famoso chama-se “Moça, Interrompida”. Neste livro, ela relata sua vida e experiências como paciente em um hospital psiquiátrico na década de 60, quando tinha aproximadamente 22 anos. Inspirado nesse livro, em 1999 foi lançado o filme “Garota, interrompida”, que mostra as vivências de um grupo de mulheres internadas na ala feminina de um manicômio.
Susanna apresentava tendência a comportamentos autodestrutivos e impulsividade, seus pais a fazem consultar um psiquiatra que sugere que ela precisa “descansar”. A contragosto, ela é internada em um manicômio, apresentando bastante resistência no começo para fazer relações nesse ambiente. Lá é diagnosticada com Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável tipo Borderline (F60.31, segundo a décima edição da Classificação Internacional de Doenças). Depois de dois anos internada e com uma série de amizades, aventuras e conflitos acontecidos, Susanna tem alta. Trazendo esse caso para a atualidade, uma vez que as instituições psiquiátricas ainda existem, penso que seria útil para o desenvolvimento de Susanna, o trabalho de um acompanhante terapêutico.
Na tentativa de ajudar Susanna nesse seu recomeço, entraria em contato com ela, mostrando a proposta de trabalho a ser feito com ela e trabalhando sua reação a isso. Penso que no começo ela ficaria resistente, pois é também uma proposta inovadora e diferente. Eu como acompanhante de Susanna vou literalmente caminhar junto dela em seus primeiros passos de uma nova realidade, a descoberta de um novo mundo após ficar tanto tempo internada. Quando ela sai do hospital, decide morar sozinha, pois já é adulta e tem dificuldades no relacionamento com seus pais, eu entraria aí também, intervindo se necessário nessa relação com eles. Susanna adora escrever suas experiências, quer ser escritora e começa a trabalhar em uma livraria.
Eu faria a interlocução entre Susanna e seus outros cuidadores também, uma vez que ela ainda frequenta o hospital psiquiátrico para consultas com seu psiquiatra e psicóloga. Assim, eu iria construindo com ela a sua rede de relações. Susanna é realmente uma garota que sofreu interrupções em sua vida, assim como todos nós; quebras, viradas, contornos em seu caminho que mudam a direção e modifica tudo dali pra frente. Convidaria Susanna a pensar a sua realidade, seus hobbies, atividades de interesse. Penso que ela aceitaria participar de alguma oficina cultural como dança e pintura, pois mesmo dentro do hospital ela já participava. Proporia fazermos atividades juntos, saindo pela cidade, nos aventurando, nos conhecendo e construindo uma relação.
Assim, tentaria, de acordo com as possibilidades, ampliar o amplo de relacionamentos de Susanna, a levando-a em um processo de encontro com o outro e a descoberta de si mesma.

“Você já confundiu um sonho com a realidade ou roubou algo quando tinha dinheiro pra comprar? Já se sentiu triste ou achou que o trem andava quando ele estava parado? Talvez eu fosse louca mesmo, talvez fossem os anos 60 ou talvez eu seja apenas uma garota, interrompida.” “Quando você não quer sentir nada, a morte pode parecer um sonho, mas ver a morte, vê-la bem de perto, mostra o quanto é ridículo sonhar com ela” Susanna Kaysen.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013


Trabalho de conclusão de curso desenvolvido noCurso de Capacitação em  Acompanhamento Terapêutico – TRILHAS - 2012pela aluna Patrícia Ribeiro Campos.






PROJETO TERAPÊUTICO PARA O CASCÃO

Cascão é um personagem caracterizado por sua mania de não tomar banho, mas se preocupa muito com o meio ambiente, a não poluição e a limpeza da sua cidade. Sua mãe Lurdinha é um tanto irredutível para com a questão de Cascão tomar banho ou não, sendo que o forçou a isto algumas vezes sem sucesso. Ele  dizia que tomava banho todo domingo, até tomou porque sua mãe pediu a ele no Dia das Mãe em aceitar o presente dele se ele o fizesse. Depois desse dia em diante, nunca mais quiz saber de banho. Sua mãe preocupada com seu filho e disposta a ajudá-lo contrata o serviço de um Acompanhante terâpeutico (A.T) para intervir nessa situação.
Em sua primeira interação descobre que ele tem um bicho de estimação que apesar de ser um porco adora tomar um banho e apartir disso intervêm convencendo-o do bem de um banho.
A.T: Cascão o que pensa de um porco gostar de banho? Não fica curioso de como seja?
CASCÃO: Sim, mas tenho medo da água?
A.T: Como fica seus amigos sentindo seu cheiro, moscas ao redor de ti afinal você aprova a limpeza de sua cidade! Não é mesmo?
CASCÃO: Sim é verdade, mas não consigo mesmo controlar esse impulso e depois para que tomar banho temos que racionar água.
A.T: E se fosse um banho a seco quer tentar?
CASCÃO: Não sei não, como é isso?
A.T: Compraremos uns leços umedecidos e você não vai precisar de água, tudo bem?
CASCÃO: Tá legal vamos lá.
Essa foi a primeira intervenção onde a A.T consegue um artificio para iniciar seu trabalho.
A.T: Poxa como você está bonito?
CASCÃO: Obrigado!
Fazendo conforme o combinado e passados algum tempo ela introduz outro meio de chamar sua atenção observando o tempo propício a seu favor (quente).
A.T: Poxa Cascão como o dia está quente não é mesmo?
CASCÃO: Sim, um sorvete de manga meu favorito seria bom né mesmo?
A.T: Há não, só iria refrescar por dentro e sentiria o calor do mesmo jeito.
CASCÃO: É você tem razão, vamos para debaixo de uma árvore.
A.T: Ok. Ainda está quente o que acha?
CASCÃO: Sim, o que sugere para refrescar?
A.T: Um mergulho numa piscina seria bom, gostaria de tentar? Começando devagarzinho, tateando com o dedão sentindo a água.
CASCÃO: Não, não quero.
A.T: Vamos lá, esse calor estamos pregados de suor, é também um bom motivo para provar seus amigos e parentes que você pode tentar. Afora as gatinhas que vão estar ali não gostaria de conhecê-las?
CASCÃO: Sim, mas só vou lá não sei se consigo entrar na água nem mesmo meu dedão.
A.T: Nossa como está uma delícia, vem Cascão! O dedão?
Na beira da piscina ele se senta e com a pontinha do dedão começa a sentir a água fria e se arrepia, sendo interrompido por Lila uma gatinha que o interroga:
LILA: Uai não vai? O que há, não sabe nadar? Está com medo?
Para não dar o braço a torcer e ficar com vergonha decide entrar de uma vez. Como não sabe mesmo nadar pelo pavor que existia fica a mercê, trêmulo começa a afundar. Lila vendo isso busca ajuda atentando e refletindo o gesto tolo dele. Mas daí surge uma ligação onde os dois se constroem.
Aqui conseguimos observar como as pessoas são influenciáveis e ao A.T cabe fazer um bom RAPPORT antes de começar. Podemos observar que em seu medo de água a A.T busca solução provisória e imediata em um primeiro momento para resolver um conflito para depois estabelecer laços e conquistar sua confiança na superação e resolução do problema.  

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO 
CURSO DE CAPACITAÇÃO EM ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO 2012

Um projeto terapêutico para Skolino

Aluna: Ellen Matos Mendes Alves






Descrição do personagem
Paciente do gênero masculino, nacionalidade brasileira, aos seus 57 anos de idade é divorciado ha cinco anos, tem duas filhas adultas, é aposentado e não possui nenhuma atividade social no momento e mora sozinho.
Motivo da intervenção
Desde os seus 24 anos o paciente vem desenvolvendo um quadro de dependência química. Começou bebendo aos finais de semana aumentando anos mais tarde para quatro dias na semana e hoje quase não fica sóbrio. Contudo, a convivência familiar é insuportável de acordo com os filhos e a ex-mulher. Sofrem com as agressões verbais do pai e relatam uma grande preocupação com sua saúde, segundo diagnóstico médico Skolino esta com pancreatite aguda, a infecção foi provocada pelo alcoolismo o que preocupou ainda mais a família.
Todos acham que ele usa a bebida como fuga para esquecer suas frustrações. Gostaria de ter sido alguém importante e rico para mostrar a todos. As vezes finge ser alguém que não é. A bebida é como se fosse um meio para desabafar e jogar fora suas angustias.
Uma eventual perturbação do paciente é das filhas quererem mandar nele e impor tratamento, já que o mesmo se opõe a psicólogos e nega em absoluto seu vicio.

Projeto
O primeiro contato foi com a família para expor as queixas descritas acima. No segundo encontro o paciente estava juntamente com sua família para informar sobre o tratamento e o motivo. Foi informado apenas o problema de relacionamento entre as partes para não haver resistência já que Skolino não aceita sua condição. Ele aceitou a companhia do AT como um acompanhante para passeios, mas com certa resistência. Propus inicialmente que ele preparasse a mesa para o café da manhã, para comermos juntos, na tentativa de mante-lo afastado do vicio para que posteriormente possamos sair e visitar suas filhas e fazer caminhadas.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO: ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO NA CLÍNICA E A CLÍNICA DO AT - 2012
Aluna: Telma Maria Leite

Um projeto terapêutico para D. Esperança

D. Esperança tem 70 anos de idade. É solteira e professora aposentada. Cuidou de sua mãe até esta falecer. Responsabilizou-se, também, por cuidar de alguns sobrinhos. Um deles, com quem tem mais proximidade, morou com ela dividindo a sua própria casa. Teve quatro irmãos, mas eles já faleceram. Faz 1 ano que ela mora em uma instituição asilar. Desfruta de seu tempo na realização de leituras de revistas, de quebra-cabeças e de bordados. As habilidades manuais foram obtidas quando cursou o ginasial.

A ida para a instituição ocorreu por conseqüência de uma queda que se resultou na quebra do fêmur e realização de cirurgia, o que a impossibilitou, a partir de então, de locomover-se sozinha. Com isso, passou a depender dos cuidados de terceiros para a realização de qualquer tipo de atividade, inclusive as de manutenção dos próprios cuidados pessoais.
Feito tratamento médico e recobrada a saúde física, embora dependa do uso de “andador”, o sobrinho da D. Esperança entrou em contato comigo a fim de que eu possa acompanhá-la no retorno à sua casa e na retomada de seus vínculos sociais e afetivos. A justificativa para a saída da instituição é, não só pelo fato de ela ter apresentado melhora do seu estado de saúde, mas também por sentir-se sozinha, apresentando certo isolamento social, e por apresentar sintomas depressivos.
Fui à instituição, conversei com D. Esperança e expliquei que a minha função como Acompanhante Terapêutica é, dentre vários aspectos, propiciar à pessoa com dificuldades a criação ou o resgate de meios de atuação no cotidiano e no espaço urbano, tendo ela aceitado a minha proposta para acompanhá-la. Feito isso, fizemos o contrato, ou seja, estabelecemos que os nossos encontros ocorrerão duas vezes na semana e estipulamos os valores a serem cobrados por encontro. Além disso, estabelecemos que cada uma se responsabilizará pelos próprios gastos nas nossas saídas e que sairemos de taxi.
Feito o contrato, estabeleceu-se o projeto terapêutico. Este, a princípio, visa a propiciar a retomada dos vínculos com sua própria casa, visto que não a visite desde a sua ida para a instituição. Tem como objetivo resgatar a sua história de vida pessoal e familiar através de suas lembranças e de seus pertences.
Deve-se, posteriormente, focá-lo na retomada de contato com os parentes, vizinhos e amigos a fim de articulá-la na circulação social. Ao passar a residir na instituição a vida ficou limitada de contato com as pessoas com as quais mantinha vínculos mais estreitos e a distanciou de outras pessoas com quem se relacionava.
Em seguida, pretende-se propor atividades que promovam maior autonomia e atuação no meio social, buscando novos significados à sua vida, ou seja, o foco será na promoção de saídas e realização de atividades de seu interesse, tais como: fazer passeios à livraria a fim de se ter contato com livros variados; ir à biblioteca com o intuito de se realizar leituras de livros de diferentes temas; ir ao cinema, já que faz muitos anos que não vai; frequentar cafés; ir ao museu, ir ao parque; frequentar curso de bordado, uma vez que tenha habilidade para bordar e goste de realizar tal atividade.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO 
“AT NA KLÍNICA E A KLÍNICA DO AT” (9ª turma)

Objetivo:
Discutir a teoria e a prática do AT e promover uma ampliação dos olhares sobre as pessoas e o cotidiano, transferindo essa ampliação para o fazer clínico.

Início: 2 de março de 2013.
Carga horária: 70 h/aula.
Período: Março a Dezembro de 2013.
Horário: Sábado (quinzenalmente) das 9:00 às 12:00 horas.
Público alvo: estudantes e profissionais das áreas de saúde e educação.
Investimento Mensal:  R$180,00  - estudantes de graduação
R$200,00  - profissionais
Inclui material e certificado

VAGAS LIMITADAS

Realização:
Trilhas - Equipe de Acompanhantes Terapêuticas

Informações:

(34) 3214-1337  / (34) 9662-4430

Rua Felisberto Carrejo, 679, B. Fundinho, Uberlândia - MG.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Livro sobre AT

Oi pessoal!
É com grande satisfação que informamos a vocês o lançamento do livro Manual de Acompanhamento Terapêutico.
Ele foi organizado por Solange Regina Signori Iamin.
Com vários textos sobre o AT e diversas teorias psicológicas, bem como aplicações práticas, tivemos a honra de escrever o capítulo 17: Quatro personagens a procura de um AT.