quarta-feira, 15 de julho de 2009

O AT e sua vizinhança com a Arte

Vale a pena conferir o blog de Slinkachu, um artista londrino que faz street art: www.litle-people.blogspot.com .
Com suas miniaturas espalhadas pela cidade, ele nos convida a olharmos para outras direções em nossas idas e vindas pelos caminhos do cotidiano.
Assim como o jogo da Deriva, baseado nas teorias situacionistas, Slinkachu é um antídoto contra o vício da rotina em nosso olhares e em nossos pensamentos.
Ampliação, mudança, convite ao inesperado são palavras chave desse universo, no qual o At está inserido.
Ana Paula Scagliarini

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O AT e sua vizinhança com a Arte

Austerlitz é um livro escrito por W.G. Sebald onde o protagonista é um professor de história da arquitetura que percorre ruínas/construções de uma Europa no pós-guerra.
A forma como Sebald escreve, rompendo as fronteiras dos gêneros literários e conectando memórias, História, literatura de viagens,tudo isso narrado por alguém que se encontra com Austerlitz em vários cenários das diversas cidades que percorre, nos inspira para o trabalho com o AT.
O AT também rompe as fronteiras do espaço terapêutico quando ganha a rua e faz da cidade elemento de suas inter(in)venções.
Numa cena, Austerlitz está num espaço que seria uma estação em Londres e a ambiguidade da obra ( seria uma ruína ou uma construção?) , assim como o desassossego que o leva até ali, o afeta de tal forma que possibilita a ele acesso a uma memória supostamente esquecida e que será a abertura para reconstruir sua identidade.
O AT e seu acompanhado, nas andanças pela cidade afeta e está sendo afetado por um oceano de imagens, memórias, emoções, cheiros, sons que compõem uma experiência única e singular de circulação.

Ana Paula Scagliarini

O At e sua vizinhança com a Arte

Uma letra de música linda da Paula Toller que tem tudo a ver:

Eu vou à cidade hoje à tarde
Tomar um chá de realidade e aventura
Porque eu quero ir pra rua
Eu quero ir pra rua
Tomar a rua
Não mais
Não mais aquela paúra
De ser encarcerada pra ficar segura
Já cansei de me trancar
Vou me atirar
Já cansei de me prender
Quero aparecer
Aparecer, aparecer
Eu sou da cidade e a cidade é minha
Na contramão do surto de agorafobia
Agora eu quero ir pra rua
Porque eu quero, quero ir pra rua
LevarA dura de cada dia
Sair da minha laia, chegar na sua
Eu vou à cidade sem compromisso
Tomar um chá, um chá de sumiço no olho da rua
Porque eu quero ir pra rua
Eu só quero ir pra rua
Olhar a rua
Tomar, bem que se podia, ar fresco
Topar Banksy a pintar afrescos
Já cansei de me trancar
Vou me atirar
Já cansei de me prender
Quero aparecer
Aparecer, aparecer, desaparecer ...