domingo, 23 de maio de 2010
AT e Cinema: Deficiência mental, quebra de preconceitos e inclusão
A Excêntrica Família de Antônia
Em plena década de 1950 o preconceito contra as mulheres, os tabus, os maus tratos aos deficiente mentais são retratados nesta incrível história! Antônia foi uma mulher que lutou pelo respeito de todos sem jamais deixar de buscar sua felicidade e a felicidade daqueles que gostava. Apoiou a filha (Daniella) na decisão de ser mãe solteira, ajudando-a na criação da neta (Tereza) uma criança superdotada. Ajudou um rapaz com deficiência mental (Boca Mole) numa situação de bullying a quem acolheu e passou a viver com ela, assim como Diddi, outra deficiente mental que sofria abuso sexual de seu próprio irmão, e passou a fazer parte dessa “família”. Acolheu a todos que precisavam de cuidados e afeto.
Um ponto relevante dessa trama é o casamento dos deficientes. É interessante, pois percebemos que a deficiência mental não impede que as pessoas se amem e tenham filhos saudáveis, e sejam capazes de cuidar dessa criança, mesmo com diferenças e deficiencias, mas com respeito e igualdade superamos todas as dificuldades. Isto mostra uma visão contrária à marginalização e aos maus tratos ao deficiente em sociedade.
“O amor estava no ar”... Antônia vivendo um amor maduro, Daniella e a professora de Tereza em um relacionamento lésbico, os deficientes mentais, Tereza e Simon (filho de Ledda, a quem Antônia também acolhera em sua casa, e que passou a se relacionar com um ex-padre), amores não concretizados como o de Madonna (que uivava na lua cheia) e seu vizinho que não suportava os uivos... Amores de todos os tipos.
“Extremidades distintas”- é o caso de Diddi (deficiente mental) e Tereza (superdotada), ambas sofrem com a questão do estrupo, e lidam com o fato de forma madura e consciente. Mas se diferem em um ponto muito interessante na criação dos filhos: Diddi sempre presente e afetuosa; já Tereza demonstrou dificuldades em se relaconar com sua filha.
Um último fator que chama a atenção é a maneira como a diretora retrata a morte. Um foco está para a falta de sentido na vida, que é o motivo para o suicídio de Dedo Torto, um amigo da “família”, filósofo existencialista. O outro foco é o de que todos um dia viverão esse momento. Para Antônia da mesma forma como lidou com a vida, de forma calma, satisfatória e ponderada assim foi sua morte. Certo dia, Antonia acordou e sabia que aquele seria o dia de sua morte, e simplesmente viveu a felicidade de seu último dia assim como os últimos minutos ao lada das pessoas a quem amava.Por fim, quem conta toda essa história é a Bisneta de Antônia.
Para você, leitor, fica a sugestão para ver (ou rever) este belo drama ambientado na Holanda, ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1996.
Texto criado pelos alunos do 4º período de Psicologia do Centro Universitário do Triângulo – UNITRI: Jaqueline, Janice, Sirley, Cristiane, Bárbara, Anderson, Débora, Lorena, Tiago.
Postado pela prof.ª Ana Paula de Freitas (Trilhas/UNITRI)
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