sábado, 26 de setembro de 2009

Deriva 26/09/2009

O dia hoje amanheceu particularmente belo. Uma ensolarada e quente manhã de primavera, contrariando a previsão dos metereologistas - tempo nublado e possibilidades de chuvas...
Éramos sete, e decidimos nos dividir em dois grupos: Mariana, Aline e Marlon; Ana Paula, Etélia, Luciane e Fernando.
Combinados (poucos) feitos, era hora de iniciar o jogo. E lá fomos nós, à deriva pela cidade de Uberlândia. Ruas conhecidas, bonitas, feias, sujas. Ruas barulhentas, calmas, velozes... E o jogo rolando, com suas regras, as mais diversas possíveis: achamos a camisa laranja, o açogue, o fusca, avistamos a criança na rua do bairro! Definitivamente, não sabíamos cantar o Hino Nacional! E, até encontrar a próxima Farmácia...aí, sim, a real sensação de estar à deriva, não saber onde íamos parar. E nesse percurso inusitado, a diversidade de sensações e sentimentos!
De fato, e mais uma vez, a cidade mostra-se em suas surpresas que, um tanto escondidas, esperam por olhares mais atentos dos "espíritos curiosos" que se dispõem às descobertas das suas múltiplicidades de sons, de cores, de pessoas, de movimentos.
Na volta, o ritual do desenho dos "mapas psicogeográficos": afetamos e fomos afetados, nos divertimos, mudamos nossas percepões, filosofamos...
" as regras são feitas para serem quebradas";
" há tempos não andava à pé pela cidade...como é diferente!"
A deriva é uma experiência lúdica, estranho e curiosa. Sentir as interferências da cidade em todos os nossos sentidos, e inter-agir com tais interferências, no mínimo, possibilita uma atitude de abertura diante do novo. As respostas "aqui-e-agora" nos deixarão um pouco mais espontâneo-criativos; e, oxalá mais abertos e receptivos a estarmos com o outro no encontro ético-estético que é o Acompanhamento Terapêutico.
Ana Paula de Freitas

2 comentários:

  1. Experiencia fantástica!!
    "Caminhando numa estrada sem direção, aonde todos os caminhos levam à um só"...
    Cantar, procurar, estar atento, treinar e aprimorar sentidos, conversar em companhia.
    Divertido, espontâneo, criativo...
    Foi muito bom, uma atividade que devia fazer parta do dia-a-dia das pessoas, faz com que o dia termina melhor.
    Etélia Silveira Bianchini

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  2. E cadê o Gato nessa história?
    Em uma manhã ensolarada, na longa Rondon, a busca por um gato deu espaço para a subjetividade, onde a pergunta passou a ser: Que gato?! Como é esse gato? E para a subjetividade, até uma sacolinha é valido! rsrsrs!
    Com certeza uma experiência que abre espaço para aderiva dentro de nós. GOSTEI!!!!
    Até a próxima...
    Aline Carolina de Freitas

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