quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO 
CURSO DE CAPACITAÇÃO EM ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO 2013

Um projeto terapêutico para a personagem: Linda da novela - Amor a Vida


Aluna: Érica Aparecida Costa Vasconcelos
 
 

Descrição do personagem
Paciente Linda Melo Rodrigues, brasileira, aos seus 19 anos de idade é solteira, mora com os pais Amadeu e Neide, tem dois irmão Daniel e Leila. Sua mãe é dona de casa, seu pai tem uma lanchonete em um hospital, Leila não trabalha e nem estuda gosta de se divertir e ir ao shopping, seu irmão Daniel é fisioterapeuta.
Linda não pratica nenhuma atividade social no momento, fica em casa o tempo todo com a companhia da mãe, pinta quadros todos os dias, a mãe reclama de não ter mais onde colocar seus quadros. Linda gosta de sair para ir à praça, mas, sua mãe acredita que ela tem é que ficar em casa para não ficar agitada com pessoas estranhas.
Seu irmão Daniel convidou seu amigo Rafael para ir até sua casa e quando ele viu Linda ficou encantado com seus olhos azuis, sua delicadeza e com suas pinturas, trazendo muito incômodo para a mãe de Linda, que não quer deixar que  o rapaz se aproxime, pois teme a companhia deste para Linda.
Linda gostou de Rafael deixando ele se aproximar de seus quadros e posteriormente dela. Segundo o pai de Linda, Rafael fez bem à garota, mas a mãe não deixa que ele se aproxime. Sempre quando Linda o encontra, fica tranquila e sorri quando ele se aproxima dela e traz cores (que são balas de goma coloridas)  e diz gostar muito de cores.. Todos os dias da semana, sua mãe a leva até a clínica de fisioterapia, na qual seu irmão é fisioterapeuta, para que linda possa correr na esteira. Linda gosta e diz que está voando.  
Motivo da intervenção
Desde criança, depois dos três anos, os pais de Linda perceberam seu modo de funcionar diferente, segundo os pais ela é uma garota diferente e muito sensível, especial,  afetuosa que gosta de brincar no computador jogando joguinhos que o irmão instalou e de pintar.
Com Daniel ela se relaciona muito bem, mas com Leila fica muito agitada, grita alto, chora. Segundo seu irmão, a irmã Leila chama Linda de doente mental e grita com ela, não tem paciência em nenhum momento. Os pais sempre cuidaram da filha em casa e nunca sentiram necessidade de procurar Instituições para saber como lidar com um autista, quais cuidados tomarem, como estimular, descobrir através de teste qual o grau da doença. Linda sempre foi acompanhada por médicos, mas não especialistas, os quais orientaram seus pais somente em relação aos sintomas mais específicos do autismo. Seu irmão Daniel conversou com os pais sugerindo um profissional da psicologia com capacitação em AT para que o mesmo, através de um Projeto Terapêutico, possa trabalhar com Linda, fazendo algumas intervenções, principalmente em relação a sua rede social. Daniel acredita e tenta sempre convencer os pais de que Linda precisaria frequentar uma Instituição para autistas, sair sozinha para ir à praça, mas sua mãe acredita que isso seria impossível e colocaria a vida de Linda em risco.

Projeto de Acompanhamento Terapêutico
O primeiro contato foi com a família para expor as queixas descritas acima, conhecer Linda, conversar sobre a relação de Linda com a família. No segundo encontro, a AT conversa com os pais em relação à procura de uma Instituição para que Linda possa passar alguma parte do dia, convivendo aos poucos com ambiente diferente como também com pessoas diferentes. Os pais resistem um pouco. A AT apresenta a eles, a AMA, Associação de Amigos do Autista, oferece tratamento gratuito, em convênio com o governo estadual, para pessoas com o transtorno. Na AMA, as crianças e adolescentes realizam uma lista de atividades organizadas em painéis. É o método "Teacch".  O objetivo é dar um mínimo de independência, ensinando as tarefas simples do dia a dia.
A mãe de Linda gostou desta proposta, uma vez que as duas ficam em casa o tempo todo sozinhas. Em seguida a AT, sugeriu à família, para irem pensando, que através do contato com a Instituição Linda também poderá apresentar seus quadros e, quem sabe no futuro, participar de alguma exposição, uma vez que seus quadros além de bonitos trazem toda uma expressividade dos sentimentos de Linda.
Outra proposta apresentada foi a de sair com Linda todas as manhãs para ir até a praça, depois refazer o percurso de volta para casa apresentando a Linda os pontos de comércio como, por exemplo, onde se compram os pães e leite para que futuramente Linda possa vir a executar esta tarefa sozinha.
Depois da apresentação do Projeto terapêutico, os pais concordaram com as propostas.  Linda estava pintando quadros enquanto a AT conversava com sua família. A AT aproximou-se e foi lentamente conversar com Linda sobre seus quadros, falando da beleza de cada um deles. Linda  abaixou a cabeça e continuou a pintar. A AT se despediu dizendo voltar no dia seguinte. 
Para iniciar o Projeto, convidei Linda a  ir até a praça tomar sorvete. Linda olhou para At com seus olhos azuis e brilhantes e disse:” eu  vou , mas Linda pode voar? ”.(SIC) A mãe de Linda olha para AT e responde: ” que isso seria um sim, e que voar seria correr no gramado da praça.(SIC)
Depois de seis meses de AT, Linda já participa de atividades na Instituição AMA, seus pais frequentam as reuniões da Instituição, para melhor entendimento e acompanhamento do Transtorno Autismo.
Linda ainda não sai sozinha, a AT acompanha  a paciente  três vezes por semana.
Todas as Segundas-feiras a paciente e a AT vão para AMA, as quartas a praças ou parques da cidade e na sexta Linda continua pintando seus quadros.
Em breve Linda irá participar de uma exposição de artes manuais promovida pela Instituição AMA. Rafael tem conseguido se aproximar mais de Linda, a mãe da paciente autorizou que o rapaz lhe faça companhia junto com a AT na visita a praças e aos parques. Linda e Rafael voam muito!!



REFERÊNCIAS:
em: 04 Nov.2013 ás9h54min
 

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