quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Livro sobre AT

Oi pessoal!
É com grande satisfação que informamos a vocês o lançamento do livro Manual de Acompanhamento Terapêutico.
Ele foi organizado por Solange Regina Signori Iamin.
Com vários textos sobre o AT e diversas teorias psicológicas, bem como aplicações práticas, tivemos a honra de escrever o capítulo 17: Quatro personagens a procura de um AT.



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Piquinique na cidade

Uma manhã de sábado....
Aula do Curso de Capacitação de AT
Módulo AT e Cidade: Arte Urbana
Convidadas: Marcelle Louzada e Luana Diniz
Proposta aceita pelo grupo:  
PIQUINIQUE!!!!!!!!!!!
Bom, se o primeiro pensamento de um lugar para o Piquinique foi uma praça....
Lição fundamental das falas da Marcelle: 
provocar...
quebrar e romper com conceitos e conservas....
mudar o fluxo com a ocupação da rua, sem a pretensão do espetáculo!
Teríamos que escolher um lugar inusitado.
Sugestão acatada: Ponto de ônibus
Aí estão as fotos....
Maravilha de experiência!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Que possamos ser AT's e cultivarmos a Ética e a estética de nossas próprias vidas no jogo lúdico, interativo e transdisciplinar da intervenção, da terapêutica, da Arte, da Ciência....






segunda-feira, 28 de maio de 2012

Mostra de Artes Lúcia Fonseca

I Mostra de Artes Lúcia Fonseca

02-06-2012- sábado
16:00 às 18:00
Clínica Trilhas - Rua Felisberto Carrijo, 679
Uberlândia MG

 


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

8º Curso de Acompanhamento Terapêutico - Inscrições abertas!






INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ 22 DE MARÇO!

CURSO DE ACOMPANHAMENTO TERAPEUTICO
“AT NA KLÍNICA E A KLÍNICA DO AT”
(8ª turma)


Início: 10 de março de 2012
Carga horária: 70 h/aula
Horário: Sábado (quinzenal) 9:00 às 12:00
Período: Março a Novembro de 2012
Público alvo: estudantes e profissionais das áreas de
saúde e educação


Investimento Mensal:
R$ 150,00 - estudantes de graduação
R$ 180,00 - profissionais


Inclui material e certificado



INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES

Clínica Trilhas
Rua Felisberto Carrejo, 679, Fundinho
Uberlândia—MG


(34) 3214-1337 e 9662-4430
http://www.trilhasat.com.br/

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Informações sobre V Encontro de Acompanhamento Terapêutico

V Encontro de Acompanhamento Terapêutico de

Uberlândia e Região

Narrativas Urbanas


02 e 03 de março de 2012 - Faculdade Pitágoras



PROGRAMAÇÃO

02/03/2012 (Aberto ao público):


19:00 - Abertura: Mariana de Silvério Arantes (Trilhas/Faculdade Pitágoras)
20:00 – Conferência: Maurício de Carvalho Porto (Psicanalista e Acompanhante Terapêutico - SP)



03/03 (Somente inscritos no evento)

9:00 - Mesa redonda: Ricardo Wagner Machado da Silveira (UFU); Fernanda Beviláqcua (Uai q Dança); Maurício Porto (SP); Ana Paula Cordeiro Scagliarini (Trilhas).


11:30 às 13:30 – Intervalo para almoço.

13:30 - Supervisão de caso clínico
Klênia Tavares Duarte (Psicóloga e Acompanhante Terapêutica
Comentadora: Denise Decarlos (Trilhas)
14:30 – Supervisão de caso clínico
Aline Fernandes Alves (Psicóloga e Acompanhante Terapêutica - CAPs AD/PMU)
Comentadora: Ana Paula de Freitas (Trilhas/ UNITRI)


15:30 – Coffee Break


16:00 às 17:00 – Mostra de projetos terapêuticos: alunos do Curso de Capacitação em Acompanhamento Terapêutico da Trilhas

17:00 - Entrega de Certificados


INVESTIMENTO

R$ 30,00 - estudantes de graduação
R$ 40,00 - profissionais,estudantes de pós-graduação e comunidade.


- Haverá certificado para os participantes inscritos no evento -



INSCRIÇÕES

- Serão feitas na Clínica Trilhas, entre os dias 06 e 29 de fevereiro de 2012. Endereço: Rua Felisberto Carrijo, 679. Bairro Fundinho - Uberlândia - MG.

-A confirmação de participação no evento acontecerá mediante o pagamento da taxa de inscrição.

- Horário: 8:00 às 11:30 e 13:30 às 18:00, de segunda a sexta.

- Outras informações pelos fones: (34) 3214-1337 ou 9662-4430, com Carolina.

LOCAL DO EVENTO


Anfiteatro da Faculdade Pitágoras de Uberlândia
Av. dos Vinhedos, nº 1200. Bairro Morada da Colina
Uberlândia - MG





REALIZAÇÃO:

Trilhas - Equipe de Acompanhantes Terapêuticas de Uberlândia

APOIO:

Curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras - Uberlândia - MG

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Encontro sobre Acompanhamento Terapêutico 2012

AGENDEM-SE!!!!

V ENCONTRO SOBRE ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO - UBERLÂNDIA E REGIÃO

NARRATIVAS URBANAS

02 e 03 de MARÇO de 2012

FACULDADE PITÁGORAS - Uberlândia - MG

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Subjetividades, criações, novas possibilidades!

Confiram os criativos trabalhos finais feitos pelas alunas do curso de Capacitação em AT - Turma 2011.

Um projeto terapêutico para Felícia


Felícia é uma garota de cabelos ruivos com uma fita azul na cabeça, usa um vestido azul e uma saia branca. Ela é adoradora de animais, ela exerce este sentimento de uma maneira extremamente radical, apertando, amando, abraçando, esmagando seus animais de estimação de tanto amor.
Ela tem uma queda por Valentino Troca-Tapa, a quem considera seu namorado, pois ele rejeita em ser namorado dela.

O contato com a AT foi feito pela mãe de Felícia que não agüenta mais ver a filha fora de casa correndo atrás de animais; ela também se queixa do comportamento de Felícia que se porta de maneira explosiva, às vezes muito amorosa e por vezes dando birra com raiva quando não consegue algo que queira.
A AT fez o primeiro contato com Felícia em sua casa, estavam em casa ela e sua mãe. Felícia estava sempre mexendo em algo e inquieta, pois queria sair para pegar algum bichinho na rua, a at se apresentou e disse que estaria ali porque iria acompanha- lá por um tempo. Felícia pergunta porque e se eu ficaria com ela o tempo todo.
A at disse que a mãe está preocupada com algumas coisas que Felícia anda fazendo então iria acompanhá-la e não é o tempo todo seria uma hora por dia, duas vezes por semana.
Felícia perguntou se estava fazendo algo de errado, a at disse que estaria com ela para conhece - lá melhor. Felícia pergunta se vou ser sua amiga, a at disse que sim e perguntou se na próxima visita poderiam sair juntas; Felícia concordou.
Na segunda visita como combinado a At e Felícia saíram pelo seu bairro, Felícia já saiu correndo pela rua sem olhar quando avistou um cachorrinho e quando alcançou pegou-o e apertou com toda sua força, Felícia soltou-o e o cachorro saiu correndo, Felícia gritou para ele parar como ele não parou começou a chorar, a At sugeriu que continuassem passeando porque o cachorro devia ter ido para seu dono, ela concordou, mas logo viu um gatinho e seu comportamento foi o mesmo, mas o gato subiu em uma árvore e Felícia começou a chamar o gatinho, mas ele não desceu então começou a chutar a árvore com raiva, a At pediu que ela parasse, pois iria se machucar Felícia disse que queria muito o gatinho a At disse que não dava para pega-lo, pois não alcançavam a arvore e também não sabiam se o gatinho era bravo. A At sugeriu que voltassem para casa Felícia resmungou um pouco, mas fomos. Ao chegarem em casa a At disse que voltaria essa semana e que iria propor algo para fazerem.
A At ao analisar o que a mãe falou sobre Felícia e também seus comportamentos nos encontros elaborou uma hipótese diagnóstica onde Felícia talvez tivesse o transtorno da personalidade tipo impulsivo, pois Felícia teria algumas de suas características como: tendência marcante a agir impulsivamente, sem considerar as conseqüências; instabilidade afetiva intensa; acessos de raiva intensa e explosões comportamentais.
A partir dos contatos e da analise, a At elaborou um projeto terapêutico inicial onde a primeira coisa a ser feita seria levar Felícia a um veterinário para que ele possa explicar a ela aspectos básicos de como lidar com animais, que animais de rua podem ter doenças e que conforme ela pegue um animal pode machucá-lo. A At também iria propor que ela fizesse algum tipo de esporte para gastar um pouco de energia porque talvez o esporte iria conter um pouco seus impulsos. A At também procuraria saber do que Felícia gosta de fazer para realizarem atividades prazerosas para ela juntas.

Aluna Romylla Freitas Felix - turma 2011

Um Projeto Terapêutico para Becky Bloom


Rebecca Bloomwood, também conhecida por Becky Bloom, é uma jovem jornalista, cheia de falhas, fútil, mentirosa, insegura, consumista ao excesso, gasta mais do que ganha, dá foras enormes, não consegue entender muito bem os desejos e anseios dos outros, a menos que digam respeito a ela mesma.
O motivo pelo qual precisa de acompanhamento terapêutico está relacionado ao seu grande vício que é comprar. Betty não tem freios e faz dívidas estrondosas com os seus doze cartões de crédito. Ela perdeu o seu trabalho e em meio ao desespero com as suas dívidas, começou a trabalhar como colunista em uma revista de finanças.
O que mais gosta de fazer é comprar compulsivamente, e demonstra bastante interesse e conhecimento sobre moda e marcas.
Seu sonho é trabalhar em uma renomada revista de moda, a chamada Alette. Trabalhar em uma revista de finanças é apenas uma solução temporária para pagar as contas e, ao mesmo tempo, tornar-se um caminho para entrar na revista de moda Alette.

Projeto Terapêutico

Realizei o contato inicial com Betty em sua casa, através do acolhimento e escuta. Depois de estabelecido o vínculo entre a A.T e a paciente, conversamos sobre os encontros semanais, e houve a apresentação do Projeto Terapêutico com as propostas de intervenções, que possuem o intuito de auxiliar e oferecer suporte para que ela possa lidar com a sua compulsão por compras, direcionando-a de modo reflexivo, juntamente à uma equipe multidisciplinar, acerca do que realmente se traduz como necessário em sua vida nos diversos contextos.
Buscar juntamente à paciente, contextualizar novos cenários que lhe proporcionem satisfação e que agregam novos conhecimentos de seu interesse, de maneira que possa enxergar o outro, que também possui uma individualidade. Promover junto à Betty, uma mudança de foco do ato compulsivo de comprar, para a busca da realização de seu grande sonho de trabalhar em uma renomada revista de moda, permitindo que veja por si mesma, a necessidade de abandonar tais hábitos comlpusivos, que a prende num círculo vicioso, onde se fazem presentes as mentiras, hábitos estes que a distanciam de sua realização pessoal e profissional.
Incentivá-la a utilizar o seu conhecimento em moda e marcas, e ao hábito da escrita, para o qual demonstra tanto talento.


Luanny Caroline Lélis.Curso AT - 2011.

Projeto Terapêutico para Arnie Grape


Arnie é um rapaz de 18 anos, que possui um quadro de deficiência mental de diagnóstico ainda não fechado. Entramos em contato com Arnie e sua família através de Becky, uma moça recém chegada na cidade e que demonstrou certo interesse em seu irmão Gilbert. Além de cuidar de Arnie, Gilbert tem ainda a tarefa de sustentar a sua família, composta de duas irmãs que cuidam da mãe que sofre de obesidade mórbida e praticamente não anda. Ultimamente Arnie tem dado muito trabalho para tomar banho por conta de um acidente na banheira. Nesta hora anda agredindo seu irmão, que não está sabendo lidar positivamente com ele. Arnie também sempre teve fascínio por subir em caixas d água colocando constantemente em risco a sua vida, o que tem causado problemas com a justiça para a família.
Pretendo marcar uma reunião com Arnie e sua família, e explicar que o trabalho junto ao Arnie consiste em proporcionar a ele e aos seus familiares novos modos relacionamento com as limitações impostas pela doença já que todos estão envolvidos com ele diretamente. Na ocasião aproveitarei também para fazer o contrato de trabalho no qual vou sugerir num primeiro momento dois encontros semanais de uma hora e trinta minutos cada. Depois das explicações, quero propor a Arnie um passeio nas redondezas de sua casa que fica situada perto de uma lagoa limpa e rasa para tentar despertar nele a vontade de entrar e brincar e se relacionar positivamente com a água novamente. O próximo passo será estar presente na hora de seus banhos e propor que ao invés de usar a banheira, ele use o chuveiro, tratando-o de forma menos infantil. Sendo assim, quero propor também que ele separe o roupão, a toalha e a roupa para sair do banheiro limpo e vestido, objetivando o desenvolvimento do seu senso de autonomia pela sua higiene pessoal. Quanto ao risco de subir em caixas d água - o que geralmente acontece quando ele está no trabalho com seu irmão - pretendo propor uma forma de vinculo entre ele e outros garotos da redondeza possibilitando a sua participação em atividades que sejam de seu interesse, ou seja, que faça sentido para ele, distraindo-o da caixa d água. E futuramente tentar vinculá-lo profissionalmente como entregador ou empacotador a algum comércio, como um supermercado, lanchonete, farmácia e etc. visando potencializar seu crescimento e conseqüentemente uma ampliação da sua rede de relações que se encontra resumida nos seus familiares. Portanto penso que este projeto possibilitará também que seus irmãos desenvolvam outras atividades além de cuidar dele.


Curso de Capacitação em Acompanhamento Terapêutico
Equipe Trilhas AT
Aluna: Daniela Aparecida Inácio Morais

Projeto terapêutico para o anão Zangado


Walt Disney criou, em 1937, o primeiro desenho longa metragem, Branca de neve e os sete anões. O personagem Zangado se destaca na história por suas características de personalidade bem diferenciadas dos demais.
Zangado faz jus ao nome ao estar sempre de braços cruzados e com cara de mau humor.
Este anão é o mais negativo do grupo, sempre reclamando de alguma coisa. Na verdade, porém, ele tem um lado sentimental que fica nítido em sua preocupação com relação á Branca de neve.
Ele é talvez o mais competente dos anões e por essa razão parece se ressentir da posição de Mestre como líder, muitas vezes questionando e duvidando das capacidades do anão líder.
Diagnóstico: Distimia
■Características que o personagem apresenta deste transtorno do humor
(CID10 F34.1) :

▪Mau humor constante;
▪Difícil relacionamento;
▪Elevado senso de autocrítica;
▪Irritabilidade;
▪Reclama de tudo e só enxerga o lado negativo dos fatos;
▪Isolamento social;
▪Falta de prazer e interesse pelas coisas do cotidiano;
▪Capacidade de lidar com as exigências básicas do dia a dia;
▪Pensamento constante de: tudo é um esforço, nada é desfrutável;
▪Falta de divertimento na vida;
▪Dificuldade em ver e aproveitar o lado bom da vida;
▪Isolamento, poucos amigos, vida social limitada;
▪Sentimento de rejeição pelos outros;
▪Relutância em mudar de contexto.

Proposta de intervenção:
▪Observar o ambiente de trabalho;
▪Avaliar as relações interpessoais;
▪Anotar rotina diária com o objetivo de intervir para criar momentos prazerosos, divertidos, com possibilidade de interação social;
▪Intervir para oportunizar modos mais saudáveis de enfrentamento da realidade;
▪Mediar formas de mobilizar recursos (ambientais sociais e informativos);
▪Levá-lo a refletir sobre as vantagens de encarar seus problemas com pensamentos mais otimistas promovendo maior qualidade de vida e fontes de alívio de estresse mais saudáveis;
▪Estabelecer vínculo afetivo com Branca de neve, com a finalidade de elevar auto-estima, motivação para a vida, mudar o foco negativo para positivo dos fatos do dia a dia, aceitação de si próprio;
▪Buscar um contraponto: anão Feliz, com seus olhos brilhantes e largo sorriso, ele sempre enxerga o lado positivo da vida, está sempre animando os outros anões;
▪Estabelecer um elo/parceria com o anão Mestre, no sentido de que este detenha a liderança do grupo, mas de forma participativa, onde Zangado exponha seus pensamentos de forma construtiva para melhorar as relações entre eles;
▪Redução da jornada de trabalho para oportunizar tempo de lazer;
▪Criar momentos de lazer, como parar ao retornar do trabalho no riacho onde passam diariamente, sobre a ponte cantando: “Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou” e porque não cantar: “eu vou, eu vou passear/divertir/dançar/nadar agora eu vou”.


Projeto de Helenice Meirelles Andrade.
Curso de Capacitação em AT – Turma 2011.

Projeto de Acompanhamento Terapêutico para Raymond


Raymond é um personagem autista de 55 anos interpretado pelo ator Dust Roffman no filme Rain Man de 1988. Ray domina pelo menos 15 campos de política, sabe tudo de boxe, decorou as estradas dos EUA e memorizou 12 mil livros, entre eles a Bíblia e toda a obra de William Shakespeare. Ray gosta de assistir um programa na televisão todos os dias às 17:00 e gosta muito de ler.
Ray apresenta dificuldades na capacidade de comunicação e socialização, pouco contato visual e acessos de raiva quando é contrariado. Desde jovem ele vive em uma instituição de apoio à pessoas com comprometimento da saúde mental. O único contato familiar é o irmão mais novo que descobriu recentemente após a morte do pai. Ele tem uma rotina estruturada que a segue metodicamente, quando algo não acontece de acordo com a rotina, ele fica muito agitado e entra em crise, praticamente não sai da instituição para nada, vive mais isolado.
Depois que conheceu o irmão, fizeram uma viagem juntos, e nesta viagem Ray não se adaptou às diversas situações que divergiam de sua rotina cotidiana na instituição: as refeições com horários e cardápios definidos na instituição, a necessidade de assistir o programa diário na televisão, não querer sair quando estava chovendo... Em decorrerência desta dificuldade adaptativa ao meio social, houve indicação de uma A.T. por parte do irmão de Raymond e da instituição.
Ao visitar Ray pela primeira vez na Instituição, realizei uma entrevista inicial, conversei com a equipe profissional sobre o trabalho do A.T., conversei com o irmão dele e com o próprio Ray. Tomei conhecimento do caso e então fiz um contrato de trabalho e estabeleci um projeto terapêutico para Ray.
Combinei que visitarei Ray duas vezes por semana com duração de 1:30 cada encontro, e quando for necessário o tempo do encontro será maior.
Quanto ao Projeto Terapêutico, será focado no desenvolvimento da autonomia, ensino de regras para uma boa convivência social e desenvolvimento de novas habilidades.
Inicialmente convidarei Ray para atividades fora da instituição, para que ele possa sair um pouco, ter acesso às experiências sociais do cotidiano e desenvolver habilidades adaptativas. Como ele gosta de ler, poderemos visitar algumas livrarias, bibliotecas, fazer leituras e discutir sobre livros, poderemos ir ao cinema, ir em restaurantes e tentar novos cardápios, ou seja, realizar atividades fora da rotina que despertem o interesse de Ray e possibilite novas interações sociais, combinaremos passeios com o irmão de Ray também, visto que há vínculo entre eles e isso será benéfico para o progresso de Ray.

Projeto elaborado pela aluna Cíntia A. Silva Araújo - Turma 2011

Projeto de Intervenção - GIA


Gia é uma personagem do filme “Gia – Fama e Destruição”. Trata-se de uma história baseada em fatos reais de uma menina que viveu na década de 80 na cidade de Filadélfia. Gia iniciou sua carreira como modelo aos 17 anos de idade. Ficou famosa pela sua beleza e pelo seu comportamento exagerado.
A indicação para o acompanhamento terapêutico de Gia é sua personalidade muito forte. Mostrava-se muito intensa em tudo que fazia, principalmente se referindo a relacionamentos. Apresentava dificuldade de se relacionar devido a sua necessidade de estar presa a uma pessoa a maior parte do tempo. Não apresentava um comportamento adequado, o que a prejudicou em sua profissão e a levou muito cedo a se inserir no mundo das drogas, de forma que Gia perde totalmente sua autonomia, abre mão de sua carreira e das pessoas que ama em função das drogas e passa a viver uma vida sem sentido.
O primeiro contado com a AT se inicia após o internamento de Gia em uma clínica de reabilitação. O contato acontece por parte de sua namorada Linda, que pede para que Gia escolha entre ela ou as drogas.
Após criar um vínculo com Gia, estabelecemos um contrato, combinando sobre os dias semanais de encontro e colocando em prática o seguinte projeto terapêutico:
• Ir até sua casa e conhecer um pouco mais das relações sociais que estabelece com pessoas próximas a ela;
• Sair para passear buscando freqüentar lugares diferentes dos quais Gia freqüentava, tentado ajudá-la a dar outro significado a sua vida;
• Incentivá-la a cuidar mais de sua saúde e ajudá-la a dar continuidade a sua carreira, ressaltando a importância disso na sua vida e tentando mostrar o quanto a droga a atrapalhava nesse sentido;
• Procurar grupos terapêuticos que tratam dessa questão de drogas para que ela não se sinta muito sozinha nessa caminhada contra as drogas;
• Juntamente com a terapia, procurar trabalhar com Gia a questão principal de se sofrimento: o abandono, mostrando a ela que o AT pode ir embora, mas voltará no dia combinado, assim como acontece com as outras pessoas;
• Acompanhá-las em visitas aos seus familiares para que esses possam ajudá-la emocionalmente a passar por essa fase com mais confiança em si e possibilitar a consciência de que ela não está sozinha nesse processo;
• Conseguir que Gia aceite mais a ajuda desse AT, até mesmo para que ela se insira por vontade própria em um CAPS-AD e retome uma vida saudável, juntamente com uma terapia para ajudá-la na questão de suas características marcantes de personalidade, motivo pelo qual Gia começou a usar drogas.
O objetivo desse projeto terapêutico é ampliar esse espaço social de Gia, tentando fazê-la resignificar esse sentimento que tem de que as pessoas a abandonam no momento que mais precisa com propostas de atividades diárias para que Gia ocupe seu tempo não somente com sua carreira, mais com outras atividades que lhe proporcionarão relacionamentos saudáveis e ocupação de seu tempo.

Projeto elaborado pela aluna Lara Sícare Nascimento Vieira
Curso de Capacitação em AT - 2011

Um projeto terapêutico para o Pica-pau



O Pica-pau quando foi criado em 1941, por Walter Lantz, era perverso e psicótico. Tinha o comportamento agressivo e dissimulado.
Com o tempo ficou mais civilizado, porém não tem o menor pudor ou ética, é quase amoral.
Possui espírito brincalhão, aventureiro e bagunceiro.
É extremamente esperto, falante e atrevido. Adora sacanear o seu opositor e sempre age sozinho, é malandro e audacioso.
Faz alusões ao tabagismo, alcoolismo e sexo. Enquanto os outros personagens tentam fazer a coisa certa, ele engana, mente, tripudia, rouba, seduz garotas, não cumpre regras, é racista, ensina que índio é burro e só serve para ser escravo.
Não mede esforços para procurar comida... É politicamente incorreto, pois não preserva a natureza, não cuida do próprio lixo.Ensina os sobrinhos a trapacearem,hoje tem a personalidade mais tranqüila se comparada com a primeira versão,mas não tem juízo,é um baita de um preguiçoso,atrasa o aluguel,está sempre faminto...
É extremamente interesseiro no namoro,pois a televisão da namorada é melhor que a dele e sempre tem comida na casa dela.
Pelo que pude analisar, o Pica-pau possui comportamento antropomórfico, com desvio de conduta.



Ao chegar à residência do Pica-pau,notei que ele estava observando ao redor,talvez planejando algo sinistro para praticar com alguém.
A.T:-Bom dia! Você é o Pica-pau?
Pica-pau:-Sim... Mas quem é você e o que quer aqui na minha humilde casinha?
A.T:-Bom,eu sou a A.T Marisa Neme,e gostaria de passar algumas manhãs com você, para te conhecer e poder conhecer também a reserva...
Pica-pau:-Mas fazer o que exatamente?
A.T:-Por exemplo: o que você enquanto morador da reserva faz para proteger o meio ambiente?
Pica-pau:-Proteger??? Pra quê?
A.T:-Nós precisamos da natureza,por isso devemos cuidar bem dela...
Pica-pau:-Hum...Sei...
A.T:-Você topa ser um guardião da reserva?
Pica-pau:-Mas o que eu terei que fazer? Caso você não saiba,sou muito ocupado...
A.T:-É muito simples,primeiro gostaria que você me ajudasse a recolher todo este lixo espalhado aqui...
Pica-pau:-Hum...Mas de graça?
A.T:-Claro que não! A Prefeitura quer contratar você como guarda-florestal,com salário e tudo mais!!!
Pica-pau:-Aí já muda ,não é? Mas quando terei férias,,13º salário,descanso semanal,ticket refeição?
A.T:-Pica-Pau,você será um funcionário público,com direitos e deveres também,é claro!
Pica-Pau:-Sendo assim,eu topo,mas vou ter convênio médico,previdência,seguro?
A.T:-Sim.Mas você terá que cuidar da reserva,protegê-la de caçadores,garimpeiros,madeireiros e invasores...
Pica-Pau:-Hum...Sei...E quando receberei o meu primeiro salário?
A.T:-Tudo a seu tempo,Pica-Pau,você trabalha,depois recebe...É assim em todas as empresas...
Pica-Pau:-Sei...Mas vou ter que ser amigo de todo mundo?
A.T:-Sim,inclusive ajudando os nossos irmãos indígenas,que é um povo bom,protetor da reserva,que só quer o bem da mata e das pessoas...Devemos ajudá-los no que for preciso,certo?
Pica-Pau:-Hum...Certo...
A.T:-Sei o quanto você gosta de furar as árvores e se diverte quando elas caem...Proponho para você,uma política de redução de danos.
Pica-Pau:-Que diabo é isso?
A.T:-Você poderá “bicar” somente em árvores já condenadas,jamais em árvores sadias,pois isso seria o fim da floresta...
Pica-Pau: - Tudo bem... Mas nem de vez em quando,só umazinha?
A.T:-Combinado,é combinado!!!
Pica-Pau: -Tá bom...
A.T:-Temos a intenção de promover passeios ecológicos aqui e você deverá orientar tanto as crianças,quanto os adultos, a não jogarem lixo no chão,e sim jogarem nos latões corretos para reciclagem,ok?
Pica-Pau:-Ok!




A.T:-Você deverá ser sempre cordial com as pessoas,promover o que chamamos de “escuta”,orientar as pessoas a não fumarem na reserva para se evitar as queimadas e sobretudo ser sempre simpático com todos...Falar as palavras mágicas como:-Por favor! –Obrigado! Desculpe! Com licença! Certo?
Pica-Pau:-Vou tentar...
A.T:-E mais:ensinar as crianças que o que é do outro,é do outro,não devemos apropriar das coisas do outro,ok?Valorizar os amigos,cumprir regras de boa convivência... Praticar a alteridade...
Pica-Pau:-Estou achando que é muita coisa para uma pessoa só tomar conta...Que tal um auxiliar de guardião florestal?Eu poderia ficar só delegando e fiscalizando o meu auxiliar...
A.T:-Não foi isso que lhe propus...
Pica-Pau:-Brincadeirinha,Marisa...Só estava lhe testando...
A.T:-Ok! Então vamos começar? Aqui está o seu uniforme,botas,apito,boné,binóculo...
Pica-Pau:-E o lanche?
A.T:-É só usar o seu ticket alimentação,na” Lanchonete Trilhas”,ok?
Pica-Pau:-Ok!
A.T:- Voltarei todas às sextas-feiras para ver como foi a sua semana,mas vou embora tranqüila,sei que a reserva está em boas mãos...Tchau!!! E não se esqueça de brincar nas horas vagas...
Pica-Pau:-Tchau,Marisinha...

Projeto de Marisa Teixeira Prado Neme – aluna do curso de Capacitação em A.T. turma 2011.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Um projeto terapêutico para Nina





Projeto Terapêutico
Apresentação do sujeito: Nina é uma bailarina de 23 anos, solteira, mora com sua mãe na cidade de Nova Iorque e nunca conheceu seu pai. Dança balé profissionalmente e teve um surto quando se tornou a bailarina principal de sua companhia. Trabalha-se com a hipótese diagnóstica de esquizofrenia paranóide em virtude das alucinações persecutórias e dos delírios apresentados pela bailarina. Os sintomas iniciaram desde que Nina começou a estudar para encenar uma de suas personagens Odile, o cisne negro, pois ela não conseguia evocar a malícia e sensualidade da personagem.
O acompanhamento terapêutico (at) é uma modalidade de atendimento clínico caracterizado pela prática de saídas pela cidade e por estar ao lado da pessoa com sofrimento mental a fim de criar um guia terapêutico que possa articulá-la na circulação social dentro de seu contexto histórico. O at tem como objetivo terapêutico a inclusão social, é uma clínica em movimento que procura desinstalar o sujeito de sua situação de dificuldade a fim de recriar algo de novo em sua condição, é um processo de reinvenção que se dá a partir da própria condição do indivíduo acompanhado (PITIÁ e FUREGATO, 2009).
O acompanhamento terapêutico foi indicado para Nina pela equipe de saúde mental que a atendeu no hospital para o qual foi encaminhada logo após o fim de seu espetáculo, o Lago do Cisnes. Ela chegou ao local com um corte em seu abdômen gritando que tinha matado sua colega de companhia, pois ela queria roubar seu papel, Lily seria substituta caso algo lhe acontecesse. A paciente dizia que todas as pessoas queriam seu papel, inclusive sua mãe estava contra ela. Quando interpelada sobre os sinais de unhas em sua costa, disse que eram as penas dos cines que estavam aparecendo agora que ela tinha finalmente compreendido as personagens cisne branco e cisne negro.
O encontro entre a at e Nina se deu inicialmente no hospital onde estava internada para se recuperar da lesão que ninguém sabe ao certo como foi provocada. A at se apresentou a ela e sua mãe que era sua única companhia e que nunca saía ao lado de Nina explicando a ambas que seu objetivo era auxiliá-la a retomar suas atividades diárias e reduzir seu sofrimento, de tal modo que ela pudesse continuar na companhia executando seu trabalho, porém sem se machucar ou sem ferir alguém.
A at propôs a Nina que inicialmente elas poderiam começar retomando os ensaios dela com a companhia visto que nos últimos meses ela estava ensaiando sozinha, pois se sentia muito incomodada e criticada pelas pessoas. A at lhe disse que caso ela se sentisse muito desconfortável poderiam ir embora ou a at poderia lhe acompanhar durante parte de seu ensaio. Como seus últimos meses tinham sido muito exaustivos devido as horas incessantes de ensaio, elas poderiam fazer atividades das quais ela gostasse. Como ir a uma livraria e tomar um café, caminhar pelo parque, ir ao cinema, ao teatro, sair para dançar, ou simplesmente ficar em sua casa e conversarem. O importante era Nina compreender que a at se colocava a sua inteira disposição para ajudá-la nesse instante difícil e com o tempo ela poderia retomar sua vida normalmente. O atendimento se daria a noite ou em horários que fossem bons tanto para at quanto para Nina de tal modo que sua rotina de trabalho não fosse prejudicada.
A at perguntou a Nina e sua mãe se concordavam com esta proposta e caso não vissem nenhum problema poderiam assinar o contrato de trabalho no dia seguinte e iniciar o acompanhamento logo após a saída dela do hospital.
Referência Bibliográfica
PITIÁ, Ana Celeste A e FUREGATO, Antonia Regina F. O Acompanhamento Terapêutico (AT): dispositivo de atenção psicossocial em saúde mental. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832009000300007>. Acessado em: 04/11/2011.
Projeto terapêutico da aluna Ana Cristina Jesus de Oliveira - turma 2011